Os revestimentos para pisos de concreto geralmente são texturizados para melhorar a tração. A textura da superfície, no entanto, é apenas uma variável que afeta a resistência ao deslizamento de uma superfície. O escorregamento pode surgir de uma falha de tração na interface entre, por exemplo, o calçado e a superfície do piso que está em contato com o sapato e é afetado pela superfície do piso, contaminantes no chão, a qualidade do calçado e a maneira de andar.
A maioria dos escorregões e quedas ocorrem em pisos molhados ou contaminados (lubrificados). Existem poucos padrões ou normas para os proprietários de instalações, especificadores ou instaladores de revestimentos consultarem o grau de textura de superfície desejado.
Existem vários fatores que influenciam o acabamento da textura do revestimento, incluindo o perfil do substrato a ser revestido (especialmente para aplicações de revestimentos de baixa espessura), a resina, os agregados incorporados no revestimento ou aplicados durante a aplicação, os métodos usados para aplicar o revestimento e agregado e, em alguns casos, o ambiente durante a aplicação.
A SSPC, em 2018 criou o Padrão SSPC-CTS 1 “Concrete Coating Texture Standard” (Padrão de Textura de Revestimentos para Concreto), que classifica as texturas de acabamento dos revestimentos aplicados em pisos de concreto. O objetivo principal do Padrão é fornecer uma linguagem qualitativa e quantitativa para descrever o acabamento da textura de revestimentos para piso de concreto.
O SSPC-CTS 1 inclui uma norma descritiva para classificar a textura do revestimento para piso de concreto com base na altura da textura do revestimento e um conjunto complementar de modelos comparadores de plástico para serem usados como um auxílio tátil ao determinar a textura de revestimento desejada. O Padrão também estabelece uma terminologia padrão que pode ser usada por proprietários, especificadores e instaladores de piso de concreto para gerenciar as expectativas de todas as partes em relação à textura da superfície.
Importante observar que o padrão não é um guia de resistência ao escorregamento, nem atribui um coeficiente de atrito de resistência ao escorregamento definitivo a quaisquer acabamentos de textura. Esse padrão na verdade não é para ser usado como critério de aceitação, mas sim para definir a textura antes da aplicação.
Os modelos comparadores de textura são feitos de plástico e são padronizados representando diferentes níveis de textura uniforme. Eles são usados para ajudar a determinar o grau de textura necessário para um projeto de piso; ajudar a determinar quando um sistema de piso instalado tem excesso de desgaste e requer uma manutenção da textura; e fornecer ao contratante da instalação uma representação tátil da textura pretendida.
Desta forma, o padrão de textura SSPC CTS-1 fornece uma terminologia padrão e vários níveis de texturas de acabamento de revestimento que podem ser usados por proprietários de instalações, especificadores e aplicadores. É complementado com um conjunto de modelos comparadores de textura que podem ser usados para transmitir a textura acabada desejada.
A norma SSPC CTS-1 está disponível para venda em http://shop.sspc.org/ST-00CTS1.
O Padrão de Textura está disponível para venda em http://shop.sspc.org/PB-01901.